8 de agosto de 1885 – Relatorio do presidente da província, José Casario Faria Alvim, á Assembléia Legislativa. Estrada de Ferro Cantagalo[...] Vos serão presentes os estudos do prolongamento da estrada de Cantagalo a partir de Santana de Maruí. Esses estudos compreendem: Primeiro de uma linha que partindo de Maruí corta a travessa de Santana [Carlos Gomes], ganha o litoral pelo qual se desenvolve até o próximo á Fabrica do gás[rua São Lourenço], atravessa o saco de São Lourenço, entra na rua Marquês de Caxias e depois na do Barão do Amazonas e pode terminar ou na serraria de José Manuel da Silva[rua da praia, onde hoje desemboca a avenida Feliciano Sodré], ou mais adiante, Ponta da Areia, ou na ponta da Armação, por uma variante que partindo do cruzamento da rua Barão do Amazonas com a de São Carlos[Silva Jardim]ganhe a de Santa Clara; segunda de uma linha que partindo da estação de Maruí alcança a Ilha da Conceição, depois do Caju, e termina na Ponta da Areia, traçado que exige três grandes pontes, sendo uma de 80m, outra de 150m e a terceira de 160m, convindo que o laço central desta seja gigante, para não embaraçar a navegação do Saco de São Lourenço. Em vista desses estudos, e com conhecimento que tendes, ou que facilmente podes adquirir das localidades indicadas como apropriadas a edificação da estação inicial a estrada de Cantagalo, resolvereis sobre esta matéria o que tiverdes por mais acertado. Ponderarei entretanto que a maior conveniência deste prolongamento não consiste em trazer a entrada até um lugar mais próximo do centro da cidade, e sim a um lugar em que o embarque de grande número de toneladas de produtos de lavoura, e especialmente do café, possa ser feito facilmente e com mínima despesa para os navios em que devem ser exportados, isto é, a um próprio para a edificação de uma estação marítima. Encarado assim o assunto, me parece fora de dúvida a preferência que merece a Ponta da Areia, onde há mais fundo do que na Armação, e sobretudo onde os navios encontram em qualquer tempo seguro abrigo. A natureza formou ali uma excelente doca, que não obteríamos com o dispêndio de milhares de contos. Cumpre aproveitar essa riqueza natural. Resolvereis o melhor, entretanto, com a vossa sabedoria e patriotismo. Em função desse projeto de prolongamento da Estrada de Ferro Cantagalo até o centro da cidade, que já vinha de alguns anos, a ferrovia vinha comprando terras na Ilha da Conceição e no litoral do Barreto e Neves. Ao adquiri-la do governo provincial, já em 1886, a estrada de Ferro Leopoldina incorporou também esse patrimônio, que por sua vez seria absorvido pela Rede Ferroviária Federal, constituída em 1957.
23 de agosto de 1885 – Acidente nas pedreiras da Ilha da Conceição provoca a morte do cavoqueiro português Francisco Siqueira.
29 de outubro de 1885 – Joaquim Correia d Silva, trabalhador numa olaria da Ilha da Conceição, tendo exagerado na bebida, resolve tirar uma pestana justamente sobre o forno de tijolos. Ficou horrivelmente queimado, mas foi salvo pelos médicos do Hospital São João Batista.
22 de junho de 1888 – Incitados pelo colega Antônio Tavares Dias, 285 trabalhadores dos depósitos de carvão da firma Wilson & Sons declaram-se em greve, protestando contra a pequena diária que recebiam para trabalhar desde as 4 horas da manhã. A política interveio para acalmar os ânimos e o líder grevista terminou preso por desacato. Tendo os responsáveis pelo depósito desaparecido por encanto, os operários tiveram de receber seu salário no escritório da empresa, no Rio de Janeiro, e no dia seguinte retornaram ao trabalho.
1890 – Olarias instaladas em redor da igreja provocam o desenvolvimento do núcleo urbano.
Fonte Historiador e pesquisador Emmanuel Macedo Soares.
OBS: Sempre terão fatos da Ilha antiga para que o povo da Ilha Conceição conheça mais sobre o seu lugar de origem, a Roberta Duarte diretora do Jornal Nossa Ilha hoje tem uma grande parceria com o professor e historiador Emmanuel Macedo Soares, ele fez grandes pesquisas sobre o bairro da Ilha da Conceição que hoje é o bairro do município de Niterói que mais há estaleiros.
E muito em breve a Roberta Duarte vai lançar o livro “A ILHA DA CONCEIÇÃO EXISTE”, isso será de grande valia para que esse bairro seja conhecido em todo Brasil.
muito bom, não sou nascido na ilha da conçeição, mas aprendi a gostar desse lugar maravilhoso.
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